Memorial de leitura
A minha memória de leitora não registra muitas histórias. Não consigo me lembrar de muitas coisas. Meu processo de alfabetização se deu, numa escola multisseriada, quando tive meus primeiros contatos com o mundo da leitura. As experiências que tive foram com os textos da cartilha. Nesta escola não tinha biblioteca, o único livro de que tenho lembrança contava a história de uma menina gordinha, ele se chamava “Pelota Bolota”, também não me recordo o autor, apenas as ilustrações. Um fato não muito positivo que me lembro foi a apresentação de uma poesia que o professor deu para que treinássemos em casa e lêssemos em sala no outro dia para os colegas. Não consegui ler nada, mas o professor, que era muito afetuoso, não me constrangeu, apenas foi falando baixinho para mim o que estava escrito e eu fui repetindo. Foi assim que se deu uma das primeiras experiências de leitura de que consigo me recordar. Nas séries seguintes o mesmo se repetiu, no segundo ano embora tivesse ido para uma escola maior, na cidade, não me lembro de uma só atividade significativa de leitura, nenhuma visita à biblioteca ou coisa assim. Nos anos que se sucederam, fui novamente estudar numa escola rural – multisseriada – e nela fiquei até terminar os anos iniciais do ensino fundamental. Embora não tenha tido experiências muito significativas com a leitura de livros, sempre gostei de estudar e gostava de escrever cartas e fazer poesias.
Nas séries finais do ensino fundamental minha experiência com os livros continuou não sendo tão significativa assim. Um único livro me encantou nesta fase e me marcou para o resto da vida. Sua leitura foi solicitada por um dos meus mais queridos professores, que foi o professor Geraldo, que lecionava história e Ensino Religioso. O livro lido foi “Ceara Vermelha” de Jorge Amado. Talvez este livro tenha sido tão significativo para mim, devido a semelhança desta história com as histórias que minha avó contava, de sua saída do sertão nordestino em busca de uma vida melhor, no interior do estado de São Paulo. Esta minha experiência demonstra, que o que é significativo na vida das pessoas é aquilo que tem vínculo com suas histórias, com sua cultura, que está relacionado com os sentimentos de cada pessoa, e os livros podem fazer este papel: criar vínculo.
Apesar de não ter vivenciado muito a leitura – principalmente a literária – em minha vida escolar, e também não através da família, que não tinha este suporte para dar, fui aos poucos criando autonomia para estudar e a vontade de aprender e descobrir o mundo, me fez despertar o interesse pela leitura. No entanto, ficou uma lacuna em minha formação, um vácuo daquilo que não vivi, das histórias que não ouvi, das fantasias que a imaginação furtou, das viagens que a alma não fez, do direito adquirido e não respeitado e das inúmeras possibilidades que me foram negadas. Mas sei que ainda há tempo para recuperar o tempo perdido. Hoje procuro ultrapassar os limites que ainda persistem, leio um pouco de tudo, assino revistas, compro livros e me envolvo cada vez mais com as descobertas que faço. É um círculo virtuoso, quanto mais descubro, mais tenho o que descobrir, e assim construo minha história, mudo meu percurso, sempre na tentativa de superar minhas limitações, me tornar um ser humano melhor e ser capaz de transformar para melhor a vida de outras pessoas. Atualmente leio “Schubert - Entre a Música e a Paixão”, do autor Alisson Felipe, que trata de um dos maiores compositores da história da música: Franz Peter Schubert. E por falar em Música, esta é uma das minhas maiores paixões!
Nas séries finais do ensino fundamental minha experiência com os livros continuou não sendo tão significativa assim. Um único livro me encantou nesta fase e me marcou para o resto da vida. Sua leitura foi solicitada por um dos meus mais queridos professores, que foi o professor Geraldo, que lecionava história e Ensino Religioso. O livro lido foi “Ceara Vermelha” de Jorge Amado. Talvez este livro tenha sido tão significativo para mim, devido a semelhança desta história com as histórias que minha avó contava, de sua saída do sertão nordestino em busca de uma vida melhor, no interior do estado de São Paulo. Esta minha experiência demonstra, que o que é significativo na vida das pessoas é aquilo que tem vínculo com suas histórias, com sua cultura, que está relacionado com os sentimentos de cada pessoa, e os livros podem fazer este papel: criar vínculo.
Apesar de não ter vivenciado muito a leitura – principalmente a literária – em minha vida escolar, e também não através da família, que não tinha este suporte para dar, fui aos poucos criando autonomia para estudar e a vontade de aprender e descobrir o mundo, me fez despertar o interesse pela leitura. No entanto, ficou uma lacuna em minha formação, um vácuo daquilo que não vivi, das histórias que não ouvi, das fantasias que a imaginação furtou, das viagens que a alma não fez, do direito adquirido e não respeitado e das inúmeras possibilidades que me foram negadas. Mas sei que ainda há tempo para recuperar o tempo perdido. Hoje procuro ultrapassar os limites que ainda persistem, leio um pouco de tudo, assino revistas, compro livros e me envolvo cada vez mais com as descobertas que faço. É um círculo virtuoso, quanto mais descubro, mais tenho o que descobrir, e assim construo minha história, mudo meu percurso, sempre na tentativa de superar minhas limitações, me tornar um ser humano melhor e ser capaz de transformar para melhor a vida de outras pessoas. Atualmente leio “Schubert - Entre a Música e a Paixão”, do autor Alisson Felipe, que trata de um dos maiores compositores da história da música: Franz Peter Schubert. E por falar em Música, esta é uma das minhas maiores paixões!
Izabel Cristina de Carvalho
Coordenadora do Gestar II
Rede Municipal de Ariquemes
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